quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Osteoporose

A osteoporose é uma doença debilitante que reduz a mobilidade e condiciona a independência de milhares de pessoas com mais de 65 anos, embora a perda de tecido ósseo tenha início a partir dos 35 anos, e consiste na descalcificação mais ou menos imporante dos ossos do esqueleto. O corpo humano atinge a maior quantidade de estrutura óssea por volta dos 35 anos, embora isso possa variar segundo os casos. A partir desse momento, essa estrutura começa a decrescer. Podemos dizer que todas as pessoas sofrem um processo de descalcificação com a idade que, em princípio, é considerado normal, a perda excessiva de cálcio nos ossos é aquilo a que chamamos osteoporose.
Há que ter em conta que o nosso esqueleto é o sustentáculo de todo o organismo. Os ossos são formados por uma parte viva (células chamadas osteoblastos e osteócitos) e minerais: cálcio, fósforo, flúor, magnésio e outros. A superfície externa do osso é dura e compacta, e encerra uma estrutura esponjosa cheia de células, cuja missão principal consiste na renovação constante do osso, mediante a captação de novos elementos minerais. Se o tecido ósseo velho não for substituído por material novo, os ossos desgastam-se e tornam-se anormalmente frágeis e moles, isto é, em síntese, a osteoporose.
É uma doença essencialmente feminina, afectando aproximadamente 30% das mulheres depois da menopausa, e não é só preocupante a sua frequência, como também as complicações que daí advêm.
Não podemos aceitá-la como um processo fisiológico e devemos sim tratá-la activamente.
Uma das principais consequências da osteoporose é a fractura dos ossos que, em muitos casos, se produz com uma leve pancada ou, inclusivamente, sem causa alguma que justifique essa rotura, por exemplo, a subir ou a descer escadas. As fracturas ósseas mais comuns para quem sofre de osteoporose são as de bacia, vértebra (que se esmagam, uma vez que são elas que suportam mais peso no organismo), punhos, braços e fémur. As vértebras são as que, com mais frequência sofrem com esta fragilidade.
O diagnóstico da osteoporose consegue-se através de uma radiografia.
O osso apresenta-se mais transparente do que o normal e às vezes parece cristal. O osso que sofre de osteoporose, é extremamente frágil, daí que se produzam fracturas espontâneas.
Nos casos de uma percentagem muito elevada de osteoporose, devido à idade, produz-se a deformação do esqueleto. Esta doença é a causa da curvatura da coluna vertebral, que costuma denominar-se «marreca», bem como da perda de altura, que por vezes acontece em idades avançadas.
EVOLUÇÃO DA MASSA ÓSSEA COM A IDADE:
O crescimento do esqueleto requer uma determinada quantidade de cálcio até se atingir a massa óssea máxima. A mineralização dos ossos continua durante alguns anos, depois de parar o crescimento. A maior parte da acumulação de mineral ósseo produz-se nos seres humanos até aos 20 anos, embora ainda continue um pouco durante a terceira década
de vida.
Entre a terceira e a quarta década, este equilíbrio altera-se no osso trabecular, principalmente nas mulheres, e a massa óssea da coluna vertebral começa a diminuir. Entre os 35 e os 50 anos, a perda de massa do esqueleto
não costuma exceder 0,5% em cada ano, o que supõe uma perda acumulada de 20%.
MODIFICAÇÕES NO ESQUELETO
Entre os adultos jovens, a massa do esqueleto é maior nos homens que nas mulheres.
A massa óssea máxima atinge-se, aproximadamente, entre os 25 e os 35 anos de idade. Começa na puberdade com a diminuição da porosidade do tecido ósseo cortical e o aumento da densidade do osso (o chamado «período de consolidação óssea»). Depois, a massa óssea vai diminuindo lentamente durante a quarta e a quinta décadas de vida em ambos os sexos, o que se traduz na redução da densidade dos ossos. A perda acelera-se muito no período da menopausa nas mulheres e continua a ser rápida ao longo de vários anos. Nos homens, esta aceleração produz-se muito mais tarde (cerca de 10 ou mais anos depois). Estas alterações conduzem a uma diminuição gradual da resistência óssea e a um maior risco de fracturas. Contudo, estas complicações são menos frequentes em pessoas que obtiveram uma maior massa óssea durante o seu período de consolidação.
Ainda não foi encontrada uma explicação única para a perda óssea acelerada ou a redução da formação do osso, mas uma das causas é a falta de cálcio devido a uma alimentação inadequada. Isto demonstra o importante papel da nutrição na osteoporose e os benefícios de uma melhoria nutricional na prevenção e cura das fracturas osteoporóticas.
FACTORES DE RISCO:
CAUSAS E RISCOS RELACIONADOS COM A NUTRIÇÃO. A quantidade de cálcio necessária para formar o esqueleto é do conhecimento geral. No entanto, uma vez formado o esqueleto, a quantidade diária necessária para manter o estado do osso, especialmente para as mulheres, é desconhecida. Demonstrou-se que os homens de meia-idade podem ter valores de cálcio correctos mesmo com uma ingestão baixa do mesmo. Contudo, é sabido que se necessita de cálcio ao longo de toda a vida e que é importante a contribuição dietética de alimentos ricos em cálcio, sobretudo durante a terceira-idade, quando a capacidade de adaptação a uma ingestão reduzida de cálcio vai diminuindo. Portanto, é muito importante para a terceira-idade obter o cálcio adequado a partir da sua dieta.
Pouco PESO. Um peso baixo pressupõe um factor de risco de osteoporose. Isto revela-se, sobretudo, em indivíduos cujo peso é inferior ao peso considerado ideal, em especial na quantidade de gordura do corpo.
INACTIVIDADE FÍSICA. A vida sedentária ou a inactividade, que é, frequentemente,
uma característica da idade avançada, representa um factor de risco para a osteoporose, por isso, evitá-la é a primeira condição para se conseguir um nível adequado de massa óssea, assim como a sua conservação.
A extrema inactividade física pode levar à desmineralização do esqueleto.
A osteoporose também pode ocorrer em pessoas relativamente jovens como resultado de uma vida prolongada na cama; o osso continua a sua degradação, mas sem actividade física há ainda menos estímulo para a reposição do tecido perdido.
Manter a actividade física na terceira-idade é importante para prevenir a perda de cálcio ósseo que ocorre durante a inactividade e imobilização e para aumentar a síntese de vitamina D através da acção dos raios solares sobre a pele.
TABACO. Os estudos demonstram que fumar é um factor de risco importante.
Nos estudos realizados sobre a inter-relação entre o peso corporal, o
tabaco e a densidade óssea chegou-se à conclusão que a densidade mineral nos fumadores é significativamente menor do que nas pessoas não fumadoras. Do mesmo modo, apresentam uma concentração elevada de colesterol no soro, o que está inequivocamente associado a uma doença vascular periférica. Estes
resultados sugerem uma relação entre arteriosclerose e osteoporose.
ÁLCOOL. Altera a absorção intestinal de cálcio, podendo causar desmineralização óssea nos homens e nas mulheres, inclusive em idades relativamente jovens.
MEDIDAS PREVENTIVAS:
Quando uma pessoa sofre de osteoporose, os danos produzidos na estrutura óssea não têm cura, mas pode tentar-se atrasar o seu desenvol-
vimento.
A dieta é muito importante.E conveniente incluir na dieta frutas e verduras (sobretudo as de folha verde), produtos lácteos (queijo, iogurte, leite e seus derivados) e cereais, assim como alimentos ricos em magnésio, manganés, boro, zinco, cobre, estrôncio e silício, uma vez que todos eles contri-buem para reforçar a estrutura óssea, reduzindo a perda de cálcio.
A ginástica, dentro das limitações de cada pessoa, é imprescindível, pois é importante que o aparelho motor esteja sempre em movimento, combatendo o sedenta-rismo.
A exposição ao Sol também é um factor positivo, sempre de forma
moderada, uma vez que contribui para manter elevados os níveis de vitamina D.
Estabelecer limites ao consumo de álcool e de tabaco é outro factor muito importante.
NORMAS GERAIS A SEGUIR:
• É importante consumir alimentos ricos em cálcio: leite e derivados lácteos, como o queijo e o iogurte, os quais deverão ter baixos valores de gorduras, caso tenha excesso de peso.
•Uma ingestão de cálcio de cerca de 800 mg/dia é considerada satisfatória para adultos saudáveis. Contudo, para as mulheres em fase de pós-menopausa e para as pessoas da terceira-idade que tenham a sua capacidade para absorver cálcio diminuída, a quantidade necessária será de cerca de 1400 mg/dia.
•Uma dieta rica em vegetais efrutas. Porém, não é aconselhável o consu-mo excessivo de cereais integrais ricos em fibras, pois estas impedem a absorção de cálcio.
•Consumir alimentos ricos em vitamina D, como por exemplo os peixes azuis.
•E importante uma moderada exposição ao Sol, sendo suficiente caminha
15 minutos com os raios solares incidindo sobre a pele, pois a vitamina D é necessária para o normal metabolismo ósseo.
•Evitar o consumo de bebidas que contenham fosfatos e cafeína.
•Fazer exercício diariamente (caminhai fazer footing ou praticar dança),
sempre que possível praticar exercícios de resistência, como andar de bicicleta nadar, etc.
•Evitar o abuso do álcool e do tabaco.

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