cancro não é só uma doença. É todo um processo que pode afectar qual¬quer parte do organismo, originan¬do sintomas distintos, com diferen¬tes perspectivas de recuperação.
E produzido pela alteração do cres¬cimento celular numa determinada parte do organismo. O corpo humano é formado por milhões de células microscópicas, cada uma delas com uma missão especí¬fica. Em condições normais, as células crescem e reproduzem-se segundo uma or¬dem preestabelecida mas, no cancro, as células de uma certa parte do corpo per¬dem este controlo. Multiplicam-se com rapidez e adquirem um aspecto diferente das células da sua própria família. Ao continuar a multiplicação, acabam por for¬mar uma massa que pode ulcerar-se.
As células normais reconhecem o lugar que devem ocupar no organismo e permanecem nos limites do órgão a que pertencem, mas as cancerosas não reco¬nhecem limites: invadem os tecidos vizi¬nhos e destroem-nos.
E esta propagação não atinge só os tecidos vizinhos, pois algumas células cancerosas penetram também na corrente sanguínea e nos vasos linfáticos e, através deles, chegam a órgãos distantes, como os pulmões, o fígado, os ossos e os gânglios linfáticos, onde estabelecem novos tu¬mores. Este processo de disseminação e estabelecimento à distância recebe o nome de metástase, e os tumores à distância que assim se formam recebem a qualificação de metastáticos.
Esta actividade tão acelerada, de¬sordenada e descontrolada, consome grandes quantidades de energia do orga¬nismo. Se o processo continua sem ser refreado, acaba com as energias do or¬ganismo e resulta na morte. No entanto, as técnicas modernas de tratamento podem curar mais de 50% dos cancros, aumentando muitíssimo a percentagem se o diagnóstico for precoce.
Embora sejam ainda desconhecidas quer a natureza exacta quer as causas do cancro, sabe-se que este afecta am¬bos os sexos por igual, não sendo menos verdade que certos órgãos tendem a ser afectados com maior frequência de acor¬do com o sexo.
CAUSAS QUE PROVOCAM O CANCRO:
Não se conhece a natureza exacta nem as causas que provocam o cancro mas, como já dissemos, este surge quando as células normais do organismo se trans¬formam em ele-mentos malignos.
Outro factor de grande importância é a exposição do organismo aos chama¬dos agentes cancerígenos, quer dizer, aos elementos que propiciam e po-tenciam o aparecimento desta do-ença.
Os principais agentes cancerígenos são: o tabaco, o álcool e uma exces-siva ex¬posição ao Sol, e ainda algu-mas substân¬cias químicas e os hábitos alimentares; As últimas investigações indicam que alguns tipos de cancro se devem a uma má ali¬mentação, pelo que aquilo que comemos pode ser um factor de risco ou de preven¬ção contra o cancro
COMO PREVENIR O CANCRO:
A dieta é um factor essencial na pre¬venção de determinados tipos de cancro, pelo que podemos falar de ali-mentos que actuam como factores de risco e de outros que actuam como factores de anti-risco. As recomenda-ções alimentares são: um aumento do consumo de frutas e verduras frescas, e de legumes e cereais rico em fibras; evitar o excesso de peso; reduzir o consumo de gorduras, excepto de alguns peixes, e fazer mais exercí¬o físico, já que a restrição de calorias é na das medidas mais poderosas conhe¬cidas como anti-cancerosas.
Como já referimos, as frutas, as verduras e as hortaliças contribuem para a dieta com importantes quanti-dades de mi¬nerais, vitaminas A e C e fibras e, como tal, ;estes produtos têm um efeito de protecção em certos tipos de cancro, como o do pulmão, esófago, estômago, cólon e colo do útero. Por outro lado, os legumes e os cereais, para além dos hidratos de car¬no, contêm fibras, funcionando como protectores perante o cancro do cólon e do recto.
Existe também outro aspecto muito importante, que não devemos menos-prezar, e que é a forma de preparar os ali¬mentos. Entre as várias formas de cozi¬nhar os alimentos, destaca-se a cozedura, fritura e o assado
Devemos ter em con¬ta que, com a cozedura clássica, os alimentos perdem a maior parte das suas vitami¬nas e minerais, enquanto que com a cozedura a vapor esta perda é mínima. Lembre-se que a cozedura em micro-ondas, do ponto de vista cancerígeno, é a mais maléfica.
Se quisermos fritar os alimentos, há que ter em conta a temperatura do óleo, já que este tem o seu ponto de ebulição, o qual não deve ser ultrapassado, uma vez que quando isso acontece se formam subs¬tâncias de degradação que são prejudiciais a saúde. Por último, o assado, que pode ser realizado na brasa, na chapa ou no forno. A técnica de utilização na brasa é a mais pre¬judicial, já que a fonte calorífica alcança grandes temperaturas e, além disso, o alimento está em contacto directo com ela, pe¬lo que os alimentos se queimam com mais facilidade, produzindo-se hidrocarbonetos aromáticos que são altamente canceríge¬nos. Isto não quer dizer que não possamos utilizar o churrasco, simplesmente, há que ter cuidado com os alimentos que se «queimam».
FACTORES ANTI-RISCO:
Os alimentos contêm tanto substâncias de risco como factores de protecção e de prevenção contra o cancro. Por exem¬plo, nos últimos anos tem diminuído o consumo de pão, batatas e legumes, no¬tando-se assim que a nossa ali-mentação apresenta carências de fibras e de vitami¬nas e, por conseguinte, uma falta de fac¬tores naturais anti-risco.
VITAMINAS. Está provado que a vitamina C é uma substância protectora contra o can¬cro do estômago. O teor mais elevado de vitamina C encontra-se nas frutas, nas ver¬duras e nas bata--tas. O betacaroteno é uma subs¬tância nutritiva que, no estômago, se transforma em vitamina A e detém um pa¬pel muito importante, já que regula o de¬senvolvimento celular e impede a deterio¬ração das células, actuando assim como protector contra o cancro. O beta-caroteno, como precursor da vitamina A, encontra¬-se tanto em alimentos de origem ve-getal como mineral, sobretudo em vegetais verdes e amarelos, e em grandes quantida¬des na cenoura. A vitamina A propria¬mente dita encontra-se somente em alimentos de origem animal, como o leite e seus derivados.
FIBRAS. Outro factor anti-risco são as fibras, uma vez que ao serem inge¬ridas incham, au-mentando o conteú¬do do intestino e acele-rando a de¬fecção. Isto faz que a concentração de substâncias de risco seja redu¬zida, já que permanecem menos tempo em contacto com a mucosa in¬testinal. São ricos em fibras os pães feitos com cereais não espoados, o arroz inte-gral, as verduras, as frutas e os legumes.
NORMAS GERAIS A SEGUIR:
• Limite as gorduras, uma vez que parece conterem um teor excessivo de calorias, que têm grande influência em certos tipos de cancro.
• Menos carne e charcutaria. Reduza o seu consum e procure comer galinha ou, na sua falta, vitela, uma vez que são as carnes que menos gorduras têm.
• Não fume. Estão demonstrados cientificamente os danos que o tabaco produz.
• Modere o consumo de álcool. Observou-se que quando o consumo crónico de álcool se junta ao hábito de fumar fica multiplicado o risco de ocorrência de determinados carcinomas.
• Aumente o consumo de cereais e legumes, pois o seu alto teor em fibras facilita o trânsito intestinal e, portanto, dificulta o contacto de substâncias potencialmente cancerígenas com a parede intestinal, diminuindo assim o risco de cancro.
• Aumente o consumo diário de verduras e frutas. O seu alto teor vitamínico (A e C} e de minerais converte-as em protectoras perante determinadas doenças cancerosas.
• Não se esqueça do repolho. Tem um efeito protector anti-risco sobre o intestino.
• Utilize a preparação culinária mais correcta: evite fritar a altas temperaturas; não repita a utilização do óleo; utilize, de preferência, o azeite; cozinhe no forno, é melhor do que fritar ou grelhar.
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
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