quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Maus hábitos

Sedentarismo — falta de exercicio:
Ha pessoas que me dizem que comem ate muito pouco, mas mesmo assim engordam. Geralmente isto está associado a hábitos de sedentarismo cada vez mais banalizados nos dias de ho)e Se uma pessoa passar o dia sentada, por muito pouco que coma, gasta zero calorias ou quase Todo o pouco que come e assimilado, e isso, necessariamente, provoca um aumento de peso

Stresse:
Para alem da ansiedade que desencadeia, leva muitas vezes a que as pessoas comam rápido e mal, sem grande selecção dos alimentos que ingerem E isto pode conduzir a um aumento de peso

Ansiedade/depressão:
O numero de depressões e casos de ansiedade tambem tem vindo a aumentar, por razões exogenas problemas laborais, economicos, pessoais, familiares A comida, nestes casos, pode tornar-se um escape e a balança ressente-se. Talvez sejam estas as causas que trazem mais pessoas a minha clínica. É complicado tratar um obeso que tambem sofra de depressão porque não basta preparar-lhe um plano alimentar adequado. A depressão tem de ser combatida através de antidepressivos, e uma boa parte deles tem como efeitos secundários alterações no metabolismo, nomeadamente um aumento de apetite — com tendência para hidratos de carbono, doces, chocolates, etc. — retenção de líquidos e obstipação, factores secundários esses que podem levar a um aumento de peso. O médico tem de ser muito criterioso na avaliação do doente e na escolha do antidepressivo. Não se pode curar uma pessoa da depressão, e arranjar-lhe outro problema grave como a obesidade. Além de que a obesidade também diminui a auto-estima e isso ajuda a que a pessoa se sinta deprimida. E entramos num ciclo vicioso.
A ideia de que os gordos são mais felizes não passa de um mito.
As pessoas obesas são, em geral, mais tristes, porque sofrem de mais doenças e estão mais em conflito consigo mesmas. Se não gostam de si, também têm mais dificuldade em gostar dos outros. Além de que são muitas vezes menos aceites social e profissionalmente.

Medicamentos:
Para além dos antidepressivos, há outros medicamentos que também poderão levar a um aumento de peso, tais como alguns anti-inflamatórios, os corticosteróides, os psicóticos, os anti-alérgicos, algumas pílulas anticoncepcionais, e algumas pílulas de substituição (para a fase da menopausa), etc.

Tabaco:
Neste caso, não poderemos dizer que o tabaco faz engordar.
Mas quando os grandes fumadores tomam a (feliz) opção de deixar de fumar, ganham a curto e a médio prazo mais saúde, mas, na fase inicial, terão de ter em atenção que a abstinência do tabaco vai provocar um aumento de apetite, porque um prazer precisa muitas vezes de ser compensado com outros. As papilas gustativas, coma ausência do tabaco, ficam mais limpas e, como tal, mais apuradas, e os alimentos tornam-se mais saborosos, o que também leva a uma ingestão maior dos mesmos. A falta do tabaco, numa primeira fase, também provoca ansiedade e normalmente irritabilidade, e nestes casos o ex-fumador deve aconselhar-se junto do seu médico para que este lhe indique o ansiolítico mais apropriado para compensar estes sintomas. Nesta fase inicial tem de se ter atenção redobrada em relação ao que se come e deve-se intensificar a actividade física, porque, para além de esta aumentar o gasto calórico, também ajuda a deixar os ex-fumadores mais tolerantes.

Álcool em excesso e refrigerantes:As bebidas alcoólicas e os refrigerantes são bastante calóricos, porque têm gás, açúcar e são muito pouco hidratantes.

Má ingestão dos alimentos:
Tão importante como o que comemos, é a forma como comemos. Comer depressa, além de prejudicar a digestão, também pode conduzir a um aumento de peso. Se mastigarmos mal os alimentos, estes são assimilados com mais dificuldade, ficando mais tempo presos no tubo digestivo. Esta maior permanência faz com que sejam mais absorvidos pelo organismo. Devemos, por isso, dar uma maior importância às refeições. Elas são como que a nossa gasolina, que nos permite andar e ter energia para tudo o que fazemos.
Devemos parar para comer, sentarmo-nos e ingerir os alimentos escolhidos com calma e serenidade, sem televisão ou leituras. A seguir à refeição — para quem tem tendência para aumentar de peso — é muito importante caminhar um pouco, de preferência com um passo largo, num período de, pelo menos, vinte minutos. Para se fazer exercício mais intenso deve-se esperar algum tempo após a finalização da refeição. Se o exercício for violento, deve-se mesmo esperar duas ou três horas, até a digestão estar concluída.
Mas uma caminhada ligeira, em passo largo, a seguir à refeição, ajuda à assimilação dos alimentos, e permite perder com facilidade algumas das calorias que se ingeriram. É um excelente hábito.
Outro conselho de ouro é não saltar refeições. Há pessoas que me dizem: «Não sei como é que eu estou gorda! Eu nem almoço!». Estas pessoas geralmente tomam o pequeno-almoço, saltam a refeição do almoço e depois ao jantar comem de mais. Enquanto estão a preparar o jantar começam a petiscar (porque não almoçaram e têm fome), depois fazem uma refeição mais abundante e, em seguida, porque estão cansadas do seu dia de trabalho, enterram-se no sofá a ver televisão e a dormitar. Ou seja, toda essa refeição feita em excesso vai ser assimilada pelo organismo.
Além de levar a comer mais, saltar refeições faz ainda com que o estômago esteja mais sequioso de comida e absorva mais o que lá entra. O estômago funciona como o solo. Se chove com frequência, ele fica molhado e a água em excesso não é absorvida. Se passa muito tempo sem chover, o solo fica muito seco e, quando chove, «chupa» toda a água que cai, sequioso. Aproveita tudo. Quando o nosso estô mago também está sequioso, aproveita muito mais tudo o que lá entra.
Fazer cinco refeições por dia nem sempre é fácil de cumprir, dado o ritmo de vida das pessoas. Hoje em dia há poucas mulheres que se dedicam exclusivamente ao lar e à educação dos filhos.
Trabalham fora de casa e não têm tempo para nada, nem sequer para comer como deve ser. Não tenho dúvidas de que, actualmente, é muito mais difícil ser mulher do que ser homem. Elas têm que ser mulheres, amantes, mães, trabalhadoras, cozinheiras, gestoras do lar... e as horas da refeição, no meio de todas estas coisas, perdem-se. Quando arranjam tempo para comer, porque têm fome, comem muito e mal. Costumo aconselhá-las a, se o tempo for pouco, comerem pelo menos um ou dois pratos de sopa ao longo do dia. A sopa come-se depressa, às vezes até sem ser preciso talheres,não demora a confeccionar (normalmente já está confeccionada) e vende-se em praticamente todos os snack-bares e restaurantes, a preços muito baixos. Ajuda a saciar a fome e a controlar a que se terá na refeição seguinte.

Aumento de peso durante a gravidez:
Se a grávida ganhar peso a mais, não só vai ter mais dificuldade em perdê-lo depois, como aumenta o risco de sofrer de varizes, dores nas costas ou pré-eclampsia durante a gravidez. Por outro lado, se a grávida não aumentar de peso suficientemente, corre o risco de ter um parto prematuro ou um bebé com pouco peso.
— Uma mulher com um peso considerado normal na altura
em que engravida, deve aumentar 11 a 16 kg ao longo
da gravidez.
— Se ela tiver peso a mais quando engravida, só deverá aumentar 7 a 11 kg.
— Se tiver peso a menos, pode ganhar entre 12 a 18 kg.

Gravidez, amamentação e meno-Pausa:
Alguns períodos concretos da vida da mulher geram aumento de peso. Sobretudo depois
do segundo filho, algumas mulheres tornam-se mais largas, e recuperam mais lentamente a forma física. A amamentação também não permite uma recuperação rápida, porque nesta fase a mulher tem de fazer uma alimentação equilibrada, não restritiva, para que o leite que produz seja rico e completo. Na menopausa, as alterações das hormonas femininas podem levar também a um aumento de peso, sobretudo na região das ancas e abdominal. O que se aconselha mais uma vez, nestas três fases da vida, é que a mulher dê muita atenção ao que come e não descure a actividade física.

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